Até sempre, caríssimo Carlos Souto!
terça-feira, 22 de junho de 2010
Em silêncio, pelo nosso amigo
Até sempre, caríssimo Carlos Souto!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
«Estado de Graça»
(...) As últimas semanas de Abril, em Aveiro, foram relativamente férteis em actividades culturais: uma série de performances, painéis, exposições ou ateliers, sob o tema “Silêncio”, organizada por uma pequena associação – Oficinas Sem Mestre – em vários espaços da cidade
(...) entre outros, três fabulosos registos fílmicos apresentados no evento sobre o silêncio (“Dundo – memória colonial”, de Diana Andringa, “Cruzeiro Seixas: o vício da liberdade”, de Alberto Serra e uma montagem com imagens da erupção do vulcão dos Capelinhos, nos Açores, em 1957/58, a partir do registo do Professor Frederico Machado);
(...) Dos três filmes direi: do primeiro que ele aclara bem os difíceis trilhos da ambiguidade entre consciência e estatuto de colonizador (e talvez também de alguns colonizados), do segundo que os trilhos, ou melhor, complexos, são agora o da coerência de um projecto criador e do terceiro que à acção da Natureza, ao contrário da do Homem, se nos impõe com a Beleza do inevitável, do arquétipo, para lá do Bem e do Mal, que daí advêm para a nossa espécie.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
De 22 a 25, Silêncio e ... festa!
Inspirado no texto de George Steiner, «The retreat from the word», Painel IV, intitulado O DECLÍNIO DA ERA DA PALAVRA, com os profs. Isabel Cristina Rodrigues (UA/Dpto Línguas e Culturas), Fernando Almeida e Jorge Hamilton (UA/Dpto Geociências), David Vieira (UA/Dpto Matemática), moderado por João Martins (músico e sonoplasta)/ Performas Dia 23 às 22h
hã Toino de Lírio, o homem-estátua, António Gomes dos Santos/ Performas Dia 23 às 21h30 e 23h30
A cela branca de Ivar Corceiro, 6'13'' / [Painel V - SILÊNCIO NA MEMÓRIA COLECTIVA] Performas Dia 24 às 18h30
Dundo Memória Colonial, 60', documentário de Diana Andringa com a presença da jornalista-realizadora/ [Painel V - SILÊNCIO NA MEMÓRIA COLECTIVA] Performas Dia 24 às 18h30
Isabela Figueiredo / [Painel V - SILÊNCIO NA MEMÓRIA COLECTIVA] Performas Dia 24 às 18h30
CONCERTO DE CELINA PEREIRA, Mornas sem Tempo/ Performas Dia 24 às 22h30
Couscous Prosjekt, com Bagaço Amarelo e Moa bird/ Performas Dia 24 às 24h
Exposição/manipulação de cartazes políticos com Francisco Madeira Luís/ Mercado Negro Dia 25 a partir das 16h
Cruzeiro Seixas - O Vício da Liberdade, 54', com presença do autor do documentário, o jornalista Alberto Serra/ Mercado Negro Dia 25 às 18h30
... e isto não é tudo, há mais e mais, o que foi sendo criado/recriado/instalado ao longo da última semana, o que se acrescenta nos próximos dias, bombos!, festa, muita festa, com textos sub-vers-ivos e m-ú-s-i-c-a contínua pela noite dentro... porque o silêncio acaba no dia 25 de Abril e nós queremos gritar "25 de Abril SEMPRE!"!
Link: Programação detalhada
terça-feira, 20 de abril de 2010
Grupo de Percussão da Associação Pelo Prazer de Viver, Mozelos, Santa Maria da Feira
domingo, 18 de abril de 2010
É possível figurar o silêncio?
(Profª Adriana Baptista, Painel «Olhar o silêncio» - Nas imagens o silêncio diz tudo ao mesmo tempo, dia 16 de Abril)
Penguin Books
Advertising Agency: DDB Hong Kong
Creative Directors: Ruth Lee, Paul Chan, O’ Poon
Copywriters: Paul Chan, Jay Lee
Art Directors: O’ Poon, Fei Leung
Photographer: Steve Wong
Os silêncios da fala
os silêncios da fala
De sede
De saliva
De suor
Silêncios de silex
no corpo do silêncio
Silêncios de vento
de mar
e de torpor
De amor
Depois, há as jarras
com rosas de silêncio
Os gemidos
nas camas
As ancas
O sabor
O silêncio que posto
em cima do silêncio
usurpa do silêncio o seu magro labor
MARIA TERESA HORTA
[Poema seleccionado por Alberto Serra para o seu recital de poesia. dia 17 de Abril, no Performas. para quem quis estar em silêncio. e escutar.]
Sobre perder tempo
Comunidade de Leitores "Alma Azul"
Colectiva de pintura intitulada SILÊNCIO
mariana de almeida
«no exercício constante do fazer de conta, faz de conta que é actriz.
significa, exprime, divaga estados de (in)consciência, gestos, silêncios, máscaras.
o retrato do imaginário...»
a doce avó musa da doce mariana esteve presente na inauguração da exposição (dia 17 de Abril).
sábado, 17 de abril de 2010
Isabel Cristina Pires
No início era algo
que não tinha nome.
Teve de desabrochar e ficar nua,
e inventar o silêncio do esplendor
que só depois foi escarlate;
e desvendar outra coisa sem baptismo
que só depois foi perfume.
Nada tinha nome até nascer a rosa.
ESCRITA
A escrita faz do silêncio
uma planície amarela:
a cor
cumpre o seu fado de monstro
poisando nas palavras
in Isabel Cristina Pires (2007). Deserto Pintado. Lisboa: Caminho.
A ESCRITORA, HOJE, EM AVEIRO, NO PERFORMAS - PAINEL "SILÊNCIO NA LITERATURA", 22H
Gabriela Llansol
Larissa Latif
Pra começar a contar
O meu nome é Larissa Latif Plácido Saré. Eu sou uma criatura cuja existência tornou-se possível graças às migrações. Avós migrantes de pai e mãe, pais migrantes, eu mesma, por mais de uma vez e agora, neste momento, migrante. Nasci em Belém do Pará, Brasil, um país de tantos percursos, tantas cartografias de chegadas e partidas. Vim a Portugal estudar festas populares. Festas católicas em homenagem a Maria, Meryan, uma mulher judia, nascida na Palestina que segundo a tradição cristã deu à luz o filho de Deus, Jesus, em Belém de Judá por uma circunstância histórica. O menino Jesus nasce migrante, como migrantes nasceram tantos meninos e meninas judeus e árabes numa região em que caminhar com as areias é o destino de tantos homens e tantas mulheres hoje como há dois mil anos.
Karine Jansen me pede para contar a história da minha família. Disponho-me a começar a narrativa e percebo que sei muito pouco. Um avô, Abdul’Latif Mohamed Saré, a quem devo o nome que assino com orgulho, como uma prova dessa identidade fugidia que me constitui: mestiçagem, migração, hibridação. Sujeito pós-moderno? Ou apenas mais uma mulher filha de tantos caminhos trilhados pelos ancestrais, caminhos de terra, caminhos de vento e de mar. Uma Latifa. Mais uma. Quantas haverá hoje espalhadas pelo mundo? Os árabes estão em toda parte.
Meu avô foi o meu ancestral mais próximo nascido no Líbano. Seu filho Ahmed, meu pai, me repetiu a história de sua vinda para as Américas durante toda a minha infância. Meu avô libanês, que não conheci, é um dos heróis recorrentes na formação de minha sensibilidade estética, histórica, geográfica, cultural, política. Ao escolher assinar Latif, longe de qualquer desprezo pelo Saré que identifica minha família, escolhi fortalecer um laço com meu ancestral naquilo que faz de mim ser o que sou, uma artista, uma narradora, uma viajante. O nome Larissa Latif para mim significa “Larissa, filha de Ahmed, neta de Abdul’Latif, o imigrante, o viajante, o narrador, o pai de Ahmed, o narrador, o viajante, o comunista, meu pai”.
O que sei de meu avô? Que nasceu em Hadara, um povoado montanhês no Líbano, na região de Trípoli, que perdeu o pai aos quatro anos de idade, vítima de hidrofobia depois de uma mordida de cachorro, que era um camponês pobre e tinha uma irmã chamada Nazira. Não lembro os nomes de meus bisavós. Aos dezoito anos, Abdul’Latif deixou sua aldeia, desceu até o porto de Trípoli e embarcou num navio para Marselha. Deixou sua mãe e sua irmã para não ser obrigado a alistar-se nas tropas turco-otomanas que ocupavam seu país. Sim, meu avô foi também fugitivo de um regime, como mais tarde seu filho Ahmed o seria. Deles penso que herdei essa sensação de estar em eterno sobreaviso, pronta para pular dentro ou fora de um trem a qualquer momento, em qualquer lugar, uma espécie de desconforto essencial, como se um gene andarilho e a necessidade de partir estivessem impressos em mim tal qual os traços que anunciam a qualquer um que vê meu rosto: Brasileiramente Árabe.
No dia 17 de Abril, em Aveiro, «Larilalá». Larissa Latif dando vida ao silêncio.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Hoje às 21h30 | Painel I – OLHAR O SILÊNCIO: IMAGEM E COMUNICAÇÃO | no PERFORMAS
Paula Soares, docente da UA/DeCA, apresenta «Uma retórica do silêncio, João César Monteiro»
Moderação Rui Baptista, jornalista (Lusa)
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Amanhã
segunda-feira, 12 de abril de 2010
O Silêncio, por António Ramos Rosa
A Festa do Silêncio Escuto na palavra a festa do silêncio. Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se. As coisas vacilam tão próximas de si mesmas. Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas. É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma. Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia, o ar prolonga. A brancura é o caminho. Surpresa e não surpresa: a simples respiração. Relações, variações, nada mais. Nada se cria. Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça. Nada é inacessível no silêncio ou no poema. É aqui a abóbada transparente, o vento principia. No centro do dia há uma fonte de água clara. Se digo árvore a árvore em mim respira. Vivo na delícia nua da inocência aberta. António Ramos Rosa, in "Volante Verde" |
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Notícias de outros silêncios (2)
Jornal de Notícias
Os três autocarros que transportavam os jovens vindos da viagem de finalistas a Lloret de Mar chegaram a Lamego perto 3h00, onde os pais os esperavam com ...
Silêncio e críticas na Quinta-Feira Santa
Zero Hora
Acossado pelas denúncias de abusos sexuais cometidos por padres – e de omissão da cúpula da Igreja Católica –, o papa Bento XVI preferiu silenciar sobre o ...
Procissão do Silêncio relembra calvário de Jesus CristoGazeta de Alagoas
Dezenas de fiéis acompanharam, na noite desta quinta-feira (01), a Procissão do Silêncio, que saiu da Catedral Metropolitana de Maceió até a Igreja do ...
Dário rompe o silêncio e confirma que continua na prefeitura de ...
Zero Hora
Em uma rápida entrevista, às 15h25min desta quinta-feira, o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), garantiu que não renunciará a prefeitura da ...
Homilia do Cardeal-Patriarca na Sexta-feira Santa
Agência Ecclesia
Aos pés da Cruz, deixemo-nos envolver pelo silêncio, tão profundo como já não se tinha experimentado desde a criação do mundo, porque é o silêncio de Deus. ...
Crack cria lei do silêncio na cidade
O Povo
No bairro onde a quadrilha foi presa, o medo é a palavra de ordem. O POVO visitou o município de Acarape e constatou como os moradores têm receio de falar ...
Caminhar pelas histórias da Mouraria
Diário de Notícias - Lisboa
Recorda o passado e vive o presente "As aves que esvoaçam muito alto emparedadas de silêncio", ouve-se através da porta do Centro Mário Dionísio. ...
Veja como foi a semana depoimentos na Superintendência da Polícia ...
Correio Braziliense
O ex-governador José Roberto Arruda manteve o silêncio durante depoimento na Superintendência da Polícia Federal (PF). A defesa do ex-governador apresentou ...
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Oficinas Sem Mestre (re)constroem uma manta de silêncios
Etimologicamente o silêncio pode ser considerado sob duas formas: (1) tacere – é um verbo activo, significa “calar-se”; (2) silere – é um verbo intransitivo, significa “estar em silêncio” e remete para espaços, para a ausência de movimento e de ruído. John Cage diz que a dimensão do silere é mais virtual do que real, ou seja, que o silêncio não é o estado natural. Segundo Cage, podemos perceber a música do mundo se activarmos uma forma especial de escuta. A nossa manta, nestas duas semanas de Abril, tecida em parceria com convidados e público, nascerá dessa escuta. É uma manta que vai também tentar desconstruir as várias formas de tacere. O silêncio verbal subentende sempre uma batalha interior; no limite, pode tornar-se uma espécie de negação à condição social de cidadania. O exercício da fala está ligado ao problema do poder, do direito à palavra, nas nossas relações de proximidade ou na sociedade global. Evocar o silêncio é pois, também, evocar narrativas e identidades. É recolher estórias perdidas e reflectir sobre como se conta a História. Como dizia o poeta, “entre nós e as palavras, o nosso dever falar”, verso que ganha mais sentido com a proximidade das comemorações do 25 de Abril. Até lá, contudo, propomos «Silêncio». Sente-se na nossas oficinas de labores, por estes dias instaladas no Performas, no Mercado Negro e no Teatro Aveirense, e teça a manta de s-i-l-ê-n-c-i-o-s.
[Texto publicado no CLIP, suplemento cultural do DA, a 8 de Abril]
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Notícias de outros silêncios (1)
Correio Popular de Rondônia
Também falaram sobre o silêncio de Bento XVI durante a Semana Santa, e o apoio manifestado a seu favor por diversos religiosos, o espanhol El País, ...
Os hinos e o minuto de silêncio
O alto-falante do estádio anunciou o minuto de silêncio e, para espanto geral, o estádio todo ficou em silêncio absoluto, atitude que arrepiou a todos os ...
O direito ao silêncio
Zero Hora
Por orientação da segurança ou por medo de expor ainda mais sua vida pessoal, Lurian da Silva ficou ontem incomunicável. O celular permaneceu desligado ...
Chanceler Italiano condena Silênio do País sobre Dissidentes Cubanos
Ansalatina.com.br
ROMA, 6 ABR (ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse estar "estupefato" com o silêncio que existe em seu país em ...
sábado, 3 de abril de 2010
PERFORMAS | O SILÊNCIO NO CINEMA | Dia 15 de Abril
22h00: Exibição do filme «Hwal» («O Arco») de Kim Ki-duc (Coreia do Sul, 2005, 90’), a que segue uma tertúlia orientada pela Prof. Dra. Isabel Cristina Rodrigues, docente da Universidade de Aveiro/DLC.
23h45: Filme escolhido pelo público de entre uma pré-seleccão de filmes feita pelas OSM
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Programação
PERFORMAS
22H00 «The Bow» de Kim Ki-duc (Coreia do Sul, 2005, 90’)
16 Abril
PERFORMAS
Prof. Adriana Baptista (ESE e ESMAE), Prof. Paula Soares (UA/DeCA)
Moderação Rui Baptista
17 Abril
MERCADO NEGRO
Exposições «Sobre Perder Tempo», Envelopes Anónimos, autor anónimo
«Personagens imaginárias ou imaginários de uma personagem», Fotografia, mariana de almeida
Projecção (contínua) do filme «La Maison des Petits Cubes» de Kunio Katõ (Japão, 2008), 12’3’’
18h00 COMUNIDADE DE LEITORES ALMA AZUL
PERFORMAS
21h30 Painel II – SILÊNCIO NA LITERATURA
Isabel Cristina Pires(escritora e psiquiatra), Prof. Paulo Pereira (UA/DLC), Lurdes Maria Costa, Irene Alexandre (mestrandas UA/DLC), com participação de Rui Oliveira cantando Ary dos Santos.
Moderação Maria do Rosário Fardilha
23h30 Recital de Poesia de Alberto Serra com participação especial de Rui Oliveira
18 de Abril
Sala-estúdio TEATRO AVEIRENSE
11h00-12h00 Workshop NO SILÊNCIO ACONTECE, orientado por Luísa Vidal e Tânia Sardinha
17h30-19h30 Workshop SILÊNCIO, INTERIORIDADE E EXPRESSÃO, orientado por Maria João Regala
PERFORMAS
21h30 O NADA, peça da autoria do Ceta – Círculo Experimental de Teatro de Aveiro
21h45 Painel III – SILÊNCIO E (DES)ORDEM
Ricardo Ribeiro (compositor), António Morais (director CETA), Ana Cruz (Mestre em Direito)
Moderação Carlos Picassinos
22 de Abril
PERFORMAS
21h30 «Há lodo no cais» de Elia Kazan (EUA, 1954, 108’), comentado por Maria do Rosário Fardilha
23H45 Filme escolhido pelo público
23 de Abril
PERFORMAS
Prof. Fernando Almeida (UA/Geociências), Mestre Jorge Hamilton (Geociências), Prof. David Vieira (UA/Matemática)
24 de Abril
PERFORMAS
Projecção dos filmes:
«Dundo Memória Colonial» de Diana Andringa (Portugal, 2009, 60’)
Moderação Catarina Gomes
24h00 DJ set Couscous Prosjekt (Bagaço Amarelo e Moabird)
25 de Abril
MERCADO NEGRO
Criação: Oficinas Sem Mestre e docentes do 3º Ciclo e Secundário.
Espectáculo musical a anunciar. Leitura de poesia e prosas de liberdade, por Oficinas Sem Mestre
PROGRAMAÇÃO PARALELA
15 de Abril Espaço Rua Batalhão de Caçadores Dez - Exposição colectiva de pintura AveiroArte
PERFORMAS Mercado do livro do Silêncio – selecção Livraria Langue D’OC
[Ver Programação detalhada via link na coluna da direita]