O NOME DA ROSA
No início era algo
que não tinha nome.
Teve de desabrochar e ficar nua,
e inventar o silêncio do esplendor
que só depois foi escarlate;
e desvendar outra coisa sem baptismo
que só depois foi perfume.
Nada tinha nome até nascer a rosa.
ESCRITA
A escrita faz do silêncio
uma planície amarela:
a cor
cumpre o seu fado de monstro
poisando nas palavras
in Isabel Cristina Pires (2007). Deserto Pintado. Lisboa: Caminho.
No início era algo
que não tinha nome.
Teve de desabrochar e ficar nua,
e inventar o silêncio do esplendor
que só depois foi escarlate;
e desvendar outra coisa sem baptismo
que só depois foi perfume.
Nada tinha nome até nascer a rosa.
ESCRITA
A escrita faz do silêncio
uma planície amarela:
a cor
cumpre o seu fado de monstro
poisando nas palavras
in Isabel Cristina Pires (2007). Deserto Pintado. Lisboa: Caminho.
A ESCRITORA, HOJE, EM AVEIRO, NO PERFORMAS - PAINEL "SILÊNCIO NA LITERATURA", 22H
Sem comentários:
Enviar um comentário